SÍNTESE DE N-ACILHIDRAZONAS POTENCIALMENTE BIOSTIMULANTES DE ZEA MAYS

Gabrieli Alemida Moreira¹ - gabrielimoreira_@outlook.com

Vanessa Guimarães Alves Olher¹ (orientador) - vanessa.olher@ifpr.edu.br

RESUMO: Conhecida e comercializada como milho, a espécie Zea mays é uma planta de origem norte americana e é considerada uma cultura de grande valor comercial devido seu amplo campo de utilização. O milho representa a segunda maior cultura agrícola brasileira, destacando-se o estado do Paraná como o segundo maior produtor de milho. Para o referido estado estimou-se a produção de 3 milhões de toneladas para a safra de 2017/2018, sendo que a maior parte da produção de milho é destinada a produção de alimentação animal. No entanto, a demanda mundial de milho vem crescendo exponencialmente, principalmente devido ao aumento da produção de carnes e combustíveis. Desta forma, a busca por compostos que podem aumentar a produção e diminuir o tempo de cultivo dessas culturas tem sido alvo de diversas áreas da ciência. Neste sentido, as N-acilhidrazonas representam uma classe de compostos sintéticos com ampla versatilidade de aplicações. Para esses compostos já foram relatadas várias atividades farmacológicas como antiviral e antituberculose. Estudos sobre os efeitos dessa classe de compostos em plantas são escassos na literatura, entretanto na década de 60 alguns efeitos de inseticida e estimulante de crescimento foram determinados. Neste trabalho relatamos a síntese de 4 N-acilhidrazonas obtidas a partir dos aldeídos vanilina, siringaldeído, furfuraldeído e benzaldeído. Os compostos foram obtidos a partir de reações com benzoidrazida sob catálise ácida, sob agitação magnética por aproximadamente 40 minutos. Após o período reacional, os sólidos formados foram filtrados e lavados com água destilada até o filtrado atingir pH 7. Todos os compostos obtidos foram submetidos à cromatografia em camada delgada para que o indicativo de pureza fosse verificado. As N-acilhidrazonas sintetizadas apresentaram bons rendimentos, variando de 33,7% para o composto derivado da vanilina, 40,95% para siringaldeído, 72,9% para furfuraldeído e 90,85% para a N-acilhidrazona derivada do benzaldeído. Realizou-se a determinação do ponto de fusão onde os seguintes resultados foram obtidos: 125°C para vanilina, 189°C para furfuraldeído, 218°C para benzaldeído e 249°C para siringaldeído. Até o momento duas amostras foram enviadas para analise de RMN de ¹H e ¹³C para que a obtenção dos produtos seja confirmada por meio da determinação estrutural. Posteriormente os compostos serão avaliados quanto ao potencial bioestimulante em cultivares de Zea Mays.

Palavras-chave: N-acilhidrazonas, Zea mays, crescimento

¹Instituto Federal do Paraná - IFPR Paranavaí