PARQUES URBANOS E SUSTENTABILIDADE

Chirlei Silva Vieira¹ - chirleibernardino@hotmail.com

Camila Clozato Lara¹ - camila.lara@ifpr.edu.br

RESUMO: Os parques urbanos surgiram como um grande apelo ambiental experimentado a partir da segunda metade do século XX, na busca do aumento da qualidade de vida nas cidades. Esse movimento se deu devido as diretrizes das Nações Unidas para promover o desenvolvimento sustentável, após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972), que ampliou o discurso ambiental, e, da CNUMAD - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992), que enfatizou a discussão ambiental no espaço urbano. Esse trabalho visa discutir a importância da criação dos parques urbanos e avaliar sua "sustentabilidade". Para tanto, será realizada uma revisão bibliográfica em bases de periódicos e livros, além de estudos de caso, com a finalidade comparativa entre o recomendado pela literatura e a realidade da implantação dos parques. O desenvolvimento sustentável é muito discutido, por ser um conceito contraditório, vago e impreciso, além de ter sido institucionalizado com o intuito de justificar a produção e o consumo. Os "espaços verdes" surgem como um elemento na melhoria da qualidade de vida, pois tem por objetivo desencadear um conjunto de práticas como: passeio, interação com o meio ambiente, proteção de áreas verdes e a apropriação do espaço de forma sustentável. Este equipamento urbano é desenvolvido por políticas públicas e privadas associadas ao ideário ecológico, relacionando a paisagem com desenvolvimento sustentável. Porém, as implantações destes espaços são delimitadas de exploração privada, ou com localização estratégica em bairros mais elitizados, não constituindo, necessariamente, espaços importantes de "conservação" da fauna e flora nativas. Alguns teóricos apontam que parcerias público-privadas são especulativas e visam o investimento e o desenvolvimento econômico. Desta forma esses espaços passam a ter um caráter contraditório que se caracteriza pela apropriação privada. A implantação dos parques urbanos precisa de uma lógica inversa à do lucro e da acumulação do capital, na qual somente são projetados como "obra com valor de uso ou produto com valor de troca". Para sua implantação com o enfoque ambiental se faz necessário a participação de diversos seguimentos sociais para que as políticas públicas sejam mais democráticas, de forma que as deliberações possam ser coletivas visando a construção da cidadania e a proteção ao meio ambiente.

Palavras-chave: Meio Ambiente, Ecologia, Conservação

¹Instituto Federal do Paraná - IFPR Paranavaí