OS EFEITOS DA TRANSFORMAÇÃO DO PFL EM DEMOCRATAS

RESUMO: O Brasil desfruta de um dos quadros partidários mais fragmentados do mundo, são 35 partidos políticos com registro junto ao TSE. Em 70 anos de existência, este tribunal recebeu o pedido de registro de nada mais do que 213 legendas. Entre fundações, fusões e dissoluções, uma história é digna de grande atenção, a odisseia do Democratas (DEM). Até 2007, o atual DEM chamava-se, Partido da Frente Liberal (PFL), agremiação que nasceu na esteira das articulações  do cenário político pós-regime militar para acolher os apoiadores civis da ditadura, dissidentes do PDS que se aliaram e foram decisivos para a vitória de Tancredo Neves nas eleições indiretas de 1985. Ao longo das duas décadas seguintes, o partido se tornou uma das legendas de maior capital político do Brasil, especialmente na região nordeste, mas também no plano nacional fazendo parte da base de sustentação de todos os governos até 2002. O auge do poder se deu no governo de Fernando Henrique Cardoso, quando o partido ocupou diversos ministérios e cargos estratégicos, além de ter poderosa bancada parlamentar os pefelistas ocuparem a presidência de ambas as casas legislativas do Congresso Nacional e também a vice-presidência da república. Também quase lançaram uma candidatura que prometia ser muito competitiva as eleições presidenciais de 2002. Porém, a partir de 2003 ao ocupar a oposição, o PFL viu uma decadência acentuada, assistindo a um êxodo interno e a diminuição drástica de sua bancada parlamentar e do número de prefeituras e estados sob seu comando. Após pífio resultado eleitoral em 2006, as lideranças do partido decidem por uma mudança drástica, assim é extinto o outrora poderoso PFL e nasce o DEM, que mais do que uma mudança de nome, representava uma mudança de posturas e ideais do partido. Após 11 anos de história esta nova legenda já passou por seis eleições, enfrentou uma dissidência em 2011 e esteve na iminência de deixar de existir ao quase se fundir em 2015, mas recentemente voltou a ter protagonismo ao ver um de seus filiados, Rodrigo Maia, ocupar a presidência da Câmara dos Deputados, que nas circunstâncias atuais de vacância da vice-presidência equivale ao segundo mais alto cargo do Estado brasileiro. O objetivo deste trabalho é analisar os resultado desta transformação e se de fato, a transformação do PFL em DEM surtiu o efeito desejado considerando 

Palavras-chaves: PFL, DEM, partido político