O MITO DO BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO: UM OBSTÁCULO EPISTEMOLÓGICO A SER SUPERADO NO ENSINO DE QUÍMICA E MEIO AMBIENTE

O MITO DO BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO: UM OBSTÁCULO EPISTEMOLÓGICO A SER SUPERADO NO ENSINO DE QUÍMICA E MEIO AMBIENTE

Francielli Cavalcante Candido¹ - candidofran18@gmail.com 

Sofia Sestito Dias¹ - sofiasestito16@hotmail.com 

Alexandre da Silva Avincola¹ -alexandre.avincola@ifpr.edu.br 


RESUMO: A existência de uma fina camada gasosa rica em O3 é conhecida como camada de ozônio, protegendo a terra da ação nociva dos raios ultravioleta. No entanto, devido a ação antropogênica, várias regiões desta camada tem sido degradas aumentando a incidência de radiação ultravioleta em algumas regiões do planeta. A região da Antártida, por exemplo, apresenta baixíssimas concentrações de ozônios, sendo que comumente a esta região é reportado pela literatura a presença de um "buraco" na camada de ozônio. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é realizar uma discussão teórica através da análise de imagens do Google e de um livro didático de química de nível médio, na tentativa de desvincular a concepção de "buracos" e substitui-la por " região de depleção" - termo cientifico utilizado para regiões da estratosfera com menor concentração de ozônio. Assim, foi realizado uma busca no Google Imagens usando palavras de busca relacionados ao "buraco" na camada de ozônio e analisado o livro didático "Química 3 - Ensino médio, Eduardo Fleury Mortimer, 3a edição 2017". Da avaliação das ferramentas de ensino, foi observado que o termo "buraco" tem sido usado frequentemente para o ensino de química e ciências ambientais e as representações gráficas associadas ao "buraco", tanto em livros ou sites seguem regras cartográficas que causam nos estudantes a ideia de que, na camada de ozônio existem buracos mesmo quando é improvável criar um buraco em uma camada gasosa. A análise de legendas das imagens ou textos relacionados às representações do "buraco" na camada de ozônio, algumas vezes discutem a diminuição da concentração de ozônio nas regiões de depleção, mas não contribuem para a construção do conhecimento de uma forma efetiva pois sempre discutem o "buraco" como sendo algo físico ao invés de abordá-lo como uma região com baixa concentração de ozônio. Assim, para o ensino de temas relacionados à camada de ozônio sugere-se que contextualize a temática junto ao ensino de gases e suas propriedades, construindo junto ao aluno a percepção de impossibilidade de causar furos em gases, evitando e/ou superando possíveis obstáculos epistemológicos.

Palavras-chave: obstáculos epistemológicos, buraco na camada de ozônio, ensino de química


¹ Instituto Federal do Paraná - IFPR Paranavaí

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