ESTRESSE SALINO NO CULTIVO DO MILHO: ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO E POSSÍVEIS DESDOBRAMENTOS EM PADRÕES EPIGENÉTICOS
ESTRESSE SALINO NO CULTIVO DO MILHO: ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO E POSSÍVEIS DESDOBRAMENTOS EM PADRÕES EPIGENÉTICOS
Ludmilla Silva Freitas¹ - ludmilla.freitas@outlook.com
Aline Finger Teixeira¹ - aline.finger@ifpr.edu.br
Camila Clozato Lara¹ (orientadora) - camila.lara@ifpr.edu.br
RESUMO: Ao longo de sua vida, as plantas acionam mecanismos para tolerar condições ambientais adversas, como a salinidade do solo. Todavia, eventos sucessivos de estresse salino podem induzir o indivíduo a criar mecanismos de tolerância para novas exposições. Esses mecanismos se devem principalmente à regulação epigenética. O termo "epigenética" se refere à modificações do genoma que não envolvem uma mudança na sequência do DNA. Essas modificações ocorrem principalmente no padrão de metilação do DNA e podem, em alguns casos, serem transmitidas para uma próxima geração. Nesse trabalho visamos testar a influência do estresse salino no crescimento do milho (Zea mays), devido à grande relevância dessa cultura no mercado, e investigar possíveis desdobramentos desse estresse no padrão de metilação global dos indivíduos. Na experimentação, as sementes foram germinadas e organizadas em vasos de controle, regadas periodicamente com água destilada, e vasos de tratamento, regados periodicamente com uma solução de 100μM de NaCl. No 25° dia as plantas foram retiradas do sistema experimental para a coleta dos parâmetros biométricos. Os resultados preliminares demonstraram que o estresse salino prejudicou o desenvolvimento da planta, o que levanta a hipótese de que possam haver alterações epigenéticas. As plantas controle apresentaram um desenvolvimento melhor, com média de 72,5 centímetros de comprimento de folha, enquanto as do grupo de tratamento apresentaram média de 40,25 centímetros. Os próximos passos desse trabalho serão a obtenção do DNA genômico dos espécimes e comparação do padrão de metilação global entre esses sistemas.
Palavras-chaves: Estresse salino, Zea mays, epigenética vegetal, metilação global
¹Instituto Federal do Paraná - IFPR Paranavaí